Cinema | A flor do deserto



Baseado na biografia da top model Waris Derie, A flor do deserto levanta a bandeira de luta contra a mutilação feminina no mundo. Waris (Sorraya Omar Scego) é filha de pastores que vivem no deserto da Somália. Aos cinco anos de idade ela teve o clitóris cortado a sangue frio e a vagina costurada, deixando apenas um orifício do tamanho da cabeça de um palito de fósforo. Aos 13 anos Waris é vendida como esposa a um homem muito mais velho, antes de ser entregue ao marido ela foge. Após a fuga, Waris (Lyia Kebede) chega a trabalhar como faxineira no consulado da Somália em Londres mas é numa lanchonete que sua vida sofre a segunda grande virada quando conhece fotógrafo Terry Donaldson (Timmothy Spall).

Um testemunho de luta e auto estima, ela hoje é embaixadora da ONU e Luta pela segurança de meninas que ainda são vítimas da mutilação feminina. A prática nada tem haver com fé, segundoa modelo a sexualidade feminina ainda é motivo de temor dos homens em países como a Somália, Mali e Etiópia. Em junho de 2010 um estudo feito pela ONG Humans Righs Whatch mostrou que 40,7% das meninas e mulheres entre 11 e os 24 anos são mutiladas.

Todas meninas e mulheres que passaram pela dolorosa experiência foram obrigadas a casar, alguns homens se recusam a contrair matrimônio com mulheres que não são cortadas. A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 100 a 140 milhões de mulheres vivem as consequências da mutilação genital, a maioria delas na África.

O filme desperta para a reflexão através da trajetória de Waris.


Conheça mais sobre a causa em Fundação A flor do deserto

Comentários