Minha avó é da geração que curtiu Beatles, Roberto Carlos e a Jovem Guarda quando estavam no seu auge. Eu sempre achei o máximo as roupas das mulheres naquela época, morria de vontade de fazer uma festa temática só para poder usar uma saia midi de poás e dançar twist como se não houvesse amanhã! Hahahaha Mas sério, é muito lindo, e, mesmo eu sendo baixinha resolvi usar. Fui na Renner, não tinha; fui na Riachuelo, não encontrei; fui na Marisa, nada; fui na C&A e saí com um colar lindo mas saia que é bom nada... Quer saber? Comprei um tecido e pedi a costureira pra fazer.
Assim que ela chegou nas minhas mãos usei logo. Achei curioso como o pessoal do trabalho reagiu, "Nunca te vi de saia", "Nossa como tá elegante!", "Que saia linda!"... mas eu já tinha ido trabalhar de saia outras vezes, sem falar em saia de vestido que uso com alguma regularidade. Tradução: saia midi não-passa-despercebida-nuca! Se você tem tipo 62kg e 1,59m feito eu, não tem nada de achatar a silhueta.
Esse modelo mais curto, tanto de saia quando de vestido, ganhou popularidade no período das duas grandes guerras; a primeira foi invenção da Coco Maravilhosa Channel; a segunda, aquela do tempo de minha avó, veio com a assinatura da Dior. As tendências, assim como os turbantes que já falei aqui no blog, vieram como alternativa a ausência masculina. As mulheres precisavam de roupas um pouco mais práticas pois haviam acumulado funções desde que os maridos e filhos partiram para os campos de batalha.
Eu tenho observado que a segunda metade dos anos 2010 marca um reencontro da mulher com modelagens que favoreçam as suas formas. Eu sou de uma geração que vestiu muita calça de cos muuuuuito baixo e isso acabou deformando o corpo feminino. Temos muitas empreendedoras defendendo a cintura alta e as grandes marcas, lojas âncoras na mesma sintonia.
Para gente que é pretinha, um abuso de efrican prints resgatando nossa ancestralidade, muita cor, muita energia e muitos croppeds!
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