O jornalismo nos apresenta boas histórias quando o repórter faz uma abordagem de um novo ponto de vista e com a fotografia, uma das linguagens mais exploradas pela prática jornalística não poderia ser diferente. Caroline Lima tem 26 anos e muitas memórias de infância na Feira Livre de São Joaquim, Salvador. Ambiente bastante explorado por fotógrafos profissionais e amadores graças a variedade de sons, luzes e cores, mas foi a área voltada para o mar que chamou a atenção da retratista.
Observando os "bastidores" do lugar, Carol teve suas lentes fisgadas pelos trabalhadores braçais que abastecem os feirantes com mais mercadorias. Foi ali onde a feira se transformou numa experiência estética visual singular através de homens anônimos. "Há muita ancestralidade naquele lugar, é importante poder documentar tudo isso" destacou a jovem.
Figuras masculinas saltam aos nossos olhos tendo como pano de fundo as paredes encardidas, engradados e texturas de objetos que são parte de qualquer ambiente comercial do gênero. Personagens do cotidiano que se surpreenderam com o interesse da moça em documentá-los no ambiente de trabalho.
A feira é a maior e mais tradicional da capital baiana, conhecida por atender um público de baixa renda com preços amistosos. Criada na década de 1960, após a destruição da antiga Feira de Água de Meninos, os 35 mil metros quadrados de São Joaquim abrigam comerciantes descendentes de africanos que viveram no período do Brasil colonial.
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