Literatura #ÉCoisaDePreto

Escritor James Baldwin

O jornalista William Waack falou É coisa de preto! irritado com alguém que tocava insistentemente uma buzina. Não precisamos discutir que o contexto tornou a expressão racista e que Waack merecia ir para o xilindró graças ao episódio. Desde que o vídeo veio a público milhares de pessoas tem se empenhado em ensinar o que é  de fato coisa de preto.  

Menções honrosas a personalidades como Nelson Mandela, Djamila Ribeiro, Machado de Assis, Maria Carolina de Jesus e tantos outros negros e negras,  gente que subverteu a ordem do sistema que elimina o povo negro de qualquer possibilidade de conquista nas mais diversas áreas de atuação. Não estamos destinados às prisões, à violência urbana e doméstica, aos hospitais pisquiátricos, a morte, às atividades servis. Nós, descendentes dos filhos de África, temos contribuições importantíssimas para a história da humanidade, e ainda queremos, podemos, mais.

A Rico Editora lança o concurso Literatura é coisa de preto cuja proposta é valorizar autores e  autoras negros. O vencedor terá a obra lançada na Bienal de São Paulo em 2018 com direito a sessão de autógrafos e tudo. Para participar o proponente precisa 
  • Ser maior de 18 anos ou menores a partir dos 16 (com autorização dos pais); 
  • Se auto declarar negro ou pardo;
  • Ser Brasileiro ou naturalizado
O romance pode ser adulto, juvenil ou infantil e precisa ter um protagonista preferencialmente negro. A tiragem mínima prevista para o vencedor é de 100 exemplares, o autor receberá 10% dos lucros sobre o título. Aqueles quem não ganharem esse concurso podem ter seus livros lançados posteriormente pela editora. As inscrições abrem dia 20 de novembro e seguem até 20 de janeiro. Confira o edital completo.

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